A natureza primordial - Merleau-Ponty e o “logos do mundo estético”
- Autor(es): CLAUDINEI APARECIDO DE FREITAS DA SILVA
- ISBN: 978-85-7644-352-0
- Disponibilidade: 123
Que interesse, em especial, o tema da Natureza pode surtir no debate filosófico atual? Sobre qual campo heurístico se torna plausível a filosofia interrogar outra significação da Natureza para além das próprias ciências da natureza? Como a fenomenologia e a ontologia logram cumprir um questionamento mais radical dessa tarefa? Tratar-se-ia, aqui, de mais uma filosofia da natureza, em seu formato tradicionalmente metafísico? É possível interpelar outra ideia de Natureza, sem se tornar vítima da ilusão retrospectiva do naturalismo?
Essas, entre outras questões, circunscrevem a atmosfera geral que move o curso do presente estudo, tendo, como referência, a obra de Merleau-Ponty, a qual é animada, do início ao fim, por uma interrogação fundamental em torno do sentido primordial da Natureza. Merleau-Ponty jamais deixara de realçar o quanto a ciência e a filosofia exigem ser interrogadas a partir de suas próprias origens. Nessa direção, a tarefa filosófica dos tempos atuais deve buscar aquilo que constitui a “autoprodução de um sentido”, isto é, o “sentido primordial, não lexical” como desenvolvimento imanente do conhecimento objetivo, do corpo, da intersubjetividade. Por isso, para além do ideal de uma Natureza pura, a razão é posta sob uma exigência ontológica sem precedentes: a de uma explicitação radical do “conhecimento da natureza em seus primórdios”, ou seja, não a “natureza fora de nós”, mas aquela que “vivemos do interior”, “de dentro”.
Informações | |
Ano | 2019 |
Edição | 2 |
Número de páginas | 234 |
- R$65,00
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R$16,00